Hoje estava aqui a pensar o que teria para contar de novo…
A mim parece-me que tenho muitas coisas mais ou menos definidas, mas são raras as coisas que penso valerem a pena partilhar…Não que para mim não sejam importantes, mas serão importantes para as restantes pessoas? O que é que interessa aquele bouquet que eu vi à 9 meses atrás, e ficou automaticamente decidido que queria um igual?
Vale a pena colocar aqui a imagem de um bolo, sem que a receita venha por baixo, ou pelo menos saber dizer quais vão ser os sabores, ou qual a loja que o vai fazer (isto porque a quinta oferece) e se a sra. era simpática, e me deu algum bocadinho a provar?
Ao ler o blog da J. – que podem seguir aqui – hoje identifiquei-me totalmente com algumas coisas que ela diz! É verdade, já não me sinto tão sozinha… gosto muito de vaguear pelo “o nosso casamento“ à procura geralmente de bons fornecedores, de feedbacks sobre algumas lojas, ou de uma ou outra “noivinha” com que me possa identificar ,mas só Deus sabe o quão raramente isso acontece.
Vejo posts e mais posts, e coisinhas e coisitas, e cantinhos e mais cantos, e raramente consigo ter alguma palavra a dizer. Já vi algumas que ousaram dar a sua opinião honesta, e a resposta nunca é simpática, nem mais nenhuma interacção, pelo menos produtiva, acaba por vir dali. Por isso quando não tenho nada simpático a dizer… não digo!
Ajudo no que posso, quando posso, mas tenho de dizer que estou muito limitada nos posts que efectivamente posso, e acho que devo, comentar. Como dizia uma amiga minha: Gostos não se discutem com quem não os tem.Não me identifico com os vestidinhos que parecem saidos de 1914 ou os que parecem saidos de casas de …. (é agora que me sinto mal por este tipo de comentário…), não me identifico com aquele post só para mostrar a garrafinha de licor beirão, não me identifico com aqueles brilhantes, borboletas, coraçõezinhos, estrelinhas do mar e sobretudo comentários só para dizer que “estão tristes”. Isto porque o meu grande coração, (é verdade, tenho ar de maldisposta mas sou sempre aquela pessoa no grupo que diz “vá lá… não digas isso”) tem sempre tendência a abrir esses posts, ainda que desista por volta da sétima linha, na expectativa de conseguir ajudar alguém ou pelo menos dar uma palavra amiga. Mas afinal as pessoas entristecem-se com pouca coisa – partilhá-la com o mundo inteiro como se dela dependesse o fim da fome no mundo é o mais preocupante.
Toda esta conversa (para quem ainda consegue seguir o meu raciocínio) porque encontrei uma amiga minha que vai casar brevemente e me falou do seu vestido…
Ora pela descrição fiquei a achar que realmente o meu gosto é que é , chamemos-lhe particular, e estranho. É claro que o meu gosto é melhor que os outros, porque é meu!! Porque é que toda a gente tem os gostos estragados?
Agora que já limitei claramente a quantidade de pessoas que poderiam estar interessadas em seguir o meu blog – vamos fingir que isto foi para filtrar os seguidores que aqui entre nós já são em número ímpar e em quantidade inferior a 3 – posso assim publicar a fotografia do fantástico bolo que quero ter no meu casamento! E a acompanhar vêm os belos dos bonequinhos feitos pela je, que serão certamente qualquer coisa deste tipo.
Se calhar ajuda dizer que sou uma amiguinha dos animais e, das poucas situações em que me cai uma ou outra lágrima é quando vejo animais a sofrer.
Em vez das lembranças que toda a gente agarra e mete numa prateleira qualquer da casa (porque não quer usar por ser como o nome indica, uma lembrança, e por isso resta-lhe a única função de actuar como má peça de decoração) vamos doar dinheiro a uma instituição de animas onde eu e o J. fazemos voluntariado.
Com isto espero não ter ferido a 
susceptibilidade de ninguém… mas também confesso não me sentir muito preocupada uma vez que tenho perfeita noção de que também ninguém está a ler isto!!!!
P.S. Se alguém estiver efectivamente a ler isto, não ligue…isto é o sono a falar! E façam mas é o favor de ser felizes!
O lacinho preto 